Depressão: Saiba quando é o momento de buscar ajuda

Você sabia que a depressão é uma doença que acomete mais de 300 milhões de pessoas pelo mundo? Essa condição médica vai além da tristeza que todas as pessoas podem sentir, ela causa sintomas persistentes e intensos que podem interferir nas atividades do dia a dia.

Apesar disso, a maioria das pessoas não expressa os seus sintomas e não procuram ajuda médica, porque acreditam não ser uma doença de verdade ou têm medo do estigma associado à doença psiquiátrica. E é exatamente por isso que preparamos este conteúdo sobre o que é depressão! A pauta de hoje vai trazer alguns sinais que devem servir de alerta tanto para você quanto para alguém próximo. Vamos lá?

Afinal, o que é depressão?

Embora seja um dos sintomas, a depressão não é só tristeza. Essa condição é caracterizada pelo desinteresse de realizar as atividades que antes eram consideradas prazerosas, gerando angústia, sentimento de desesperança e sensação de infelicidade crônica, acompanhado de baixa autoestima, culpa, entre outros sinais, inclusive alterações fisiológicas.

Em regra, pessoas com esse transtorno psiquiátrico passam o dia todo deprimido, sem perspectiva de que algo possa ser feito para melhorar, acompanhado de noites mal dormidas ou sono em excesso.

Quando não tratada adequadamente, ela traz um grande risco de suicídio e também de qualidade de vida baixa. É preciso ter em mente que a doença não afeta só o paciente, mas todos que estão à sua volta.

Quais são os sintomas de depressão?

Apesar de a ciência saber o que é depressão, ela não se sabe exatamente o que causa essa condição psíquica, mas fatores genéticos, ambientais, biológicos, como variações hormonais e alterações na química do nosso cérebro, podem estar associados na origem da doença.

Mesmo que ela possa surgir em qualquer momento da vida, é mais comum essa doença ser diagnosticada no final da adolescência¹ e início da vida adulta, sendo mais recorrente nas mulheres. Além do estado deprimido – na maior parte do tempo – os sintomas de depressão são:

  • Sentimento de tristeza, vazio e melancolia;
  • Sentir-se desesperançoso e pessimista;
  • Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais;
  • Alteração da libido;
  • Redução do apetite e emagrecimento ou desejo alimentares e ganho excessivo de peso;
  • Alterações do sono que variam desde insônia até dormir excessivamente;
  • Falta de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Dificuldade de tomar decisões;
  • Ansiedade, agitação ou inquietação;
  • Lentidão dos pensamentos, da fala ou do movimentos;
  • Pensamentos recorrentes sobre a morte ou suicídio;
  • Cansaço e falta de energia;
  • Sensação de culpa, inutilidade ou fracasso;
  • Excesso de estresse, raiva ou frustração.

Em regra, os sintomas da doença podem não ser reconhecidos no início, mas algumas situações não podem ser desconsideradas, principalmente os pensamentos suicidas e autodestruição.

Por mais que ela acometa pessoas de todas as idades, é importante lembrar que os idosos estão suscetíveis a essa doença, não só pelo avanço da idade, mas pelo isolamento social que leva muitas vezes a tristeza profunda².

Como diagnosticar a depressão?

Não tem como falar sobre o que é depressão sem tratar do diagnóstico – e lembre-se: nada de se auto-diagnosticar! Enfim, para ter o diagnóstico, é preciso haver pelo menos cinco dos sinais mencionados no tópico anterior.

Além dos sintomas psiquiátricos, é importante lembrar que dor nas articulações, dor de cabeça, nas costas, unhas fracas, queda de cabelo e problemas gastrointestinais também podem estar relacionas à patologia. Muitas vezes, o paciente procura auxílio médico para os sintomas físicos, quando, na verdade, tem um quadro depressivo não diagnosticado.

Embora as pessoas com histórico familiar de depressão e doenças psiquiátricas tenham mais chances de desenvolver essa patologia, aquelas que já sofrem com ansiedade, distúrbios alimentares, stress pós traumático, baixo autoestima e experiências traumáticas na infância também estão suscetíveis a desenvolver essa condição ao longo da vida.

Além disso, pessoas que passam por muita situação de estresse ou estão passando por alguma doença grave, como câncer, entram nessa lista. É fundamental que o paciente seja avaliado por um médico especialista para iniciar o tratamento o mais rápido possível. Afinal, as pessoas com essa doença e que não estão em tratamento apresentam maior risco de suicídio.

Quais são os tipos de depressão?

Apesar de ser um quadro único, o episódio depressivo pode ser categorizado com leve, moderado ou grave. Além da intensidade, existem diferentes tipos dessa doença psiquiátrica que podem causar diversos impactos no dia a dia.

Por isso, a avaliação de um profissional é fundamental para realizar o diagnóstico e então, iniciar o tratamento correto. Confira abaixo os quadros depressivos mais comuns:

  • Transtorno de ansiedade;
  • Transtorno depressivo maior – depressão unipolar;
  • Depressão bipolar;
  • Depressão pós-parto;
  • Transtorno depressivo induzido por substância ou medicamento;
  • Transtorno afetivo sazonal;
  • Distimia – transtorno depressivo persistente;
  • Depressão psicótica;
  • Transtorno disfórico pré-menstrual.

 

Qual o tratamento da depressão?

Em regra, o tratamento da depressão é feito com medicação antidepressiva e psicoterapia – será prescrita de acordo com cada caso e cada paciente.

Com a prevenção adequada, cerca de 80% dos pacientes apresentam uma melhora significativa dos sintomas em um ou duas semanas. Além do acompanhamento médico, é importante gerenciar as situações de estresse e compartilhar as crises do dia a dia.

Um conselho para espantar a tristeza e os pensamentos negativos da rotina é praticar atividade física regularmente, afinal, cuidar do organismo também é cuidar da saúde mental. A prática de exercício promove a liberação de hormônios e substâncias para manutenção do humor. Além disso, aprender coisas novas contribui para o bem-estar emocional.

Neste quesito, também vale investir em uma alimentação equilibrada. Uma dieta rica em frutas, verduras, peixes e oleaginosas pode ajudar no tratamento da depressão. Onde existe um bom cardápio, não sobra espaço para angústias, certo?

Embora ela tenha cura, existem pessoas que necessitam de tratamento a vida toda, e isso não significa sinal de fraqueza. Contudo, para vencer essa doença é importante buscar ajuda médica e psicológica o mais rápido possível.

Além disso, a ingestão de suplementos para quem tem depressão pode ser um grande aliado nesse momento da vida³. Se você é paciente depressivo, converse com o seu médico e tire todas as suas dúvidas sobre a suplementação. Não podemos esquecer que o apoio da família também é fundamental!

Gostou do conteúdo sobre o que é depressão? Lembre-se que essa doença é caracterizada pela tristeza persistente, juntamente com outros sintomas. De tal forma, o mais importante é reconhecer a enfermidade, buscar auxílio médico e se conectar com outras pessoas. Caso tenha alguma dúvida, deixe um comentário no campo abaixo. Será um prazer interagir com você!

Até o próximo post!

1. MONTEIRO, Kátia e outro. Depressão na adolescência. Universidade Estadual de Maringá, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pe/a/MkvrXG3yj7dg6SRCYxGqkXK/abstract/?lang=pt

2. MARTINS, Rosa Maria. A depressão no idoso. Instituto Politécnico de Viseu, 2008. Disponível em: https://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/364

3. SEZINI, Angela Maria e outro. Nutrientes e Depressão. Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH, 2014. Disponível em: http://fug.edu.br/revistas/index.php/VitaetSanitas/article/view/29

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